quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

"Não permita Deus que eu morra sem que eu volte pra São Paulo"

Operários - Tarsila do Amaral  (releitura com a minha equipe)

São Paulo: 458 anos

É de uma grandiosidade imensurável o significado desta cidade na vida de um ser humano. Ao sair do ventre materno, mais ou menos dia, você vai ouvir falar dela, e, em qualquer área de atuação profissional, um dia você vai ter contato com a Paulicéia Desvairada, título de uma das obras de Mario de Andrade, que é tida como a mais completa tradução de São Paulo

Um dos acontecimentos mais marcantes da história da arte brasileira, a Semana de Arte de 1922, aconteceu por lá. Não vou me estender muito, porque eu teria que escrever um e-book sobre o tema. Mas hoje, em homenagem aos 458 anos de São Paulo, deixo uma parte do poema "Canto de Regresso à Pátria" do modernista Oswald de Andrade:

Minha terra tem palmares
Onde gorgeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como o de lá


Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra


Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá


Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo

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